segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Execução inovadora

Uma empresa que deseje implantar uma cultura de inovação em seus processos enfrenta, inevitavelmente, um paradoxo. Afinal, por um lado é sabido que é a repetição que leva à perfeição. Assim, quanto mais se executa uma tarefa de modo repetitivo, melhor será a produtividade dali a algum tempo, após cumprimento de uma boa fase da chamada curva de aprendizado.
Ao mesmo tempo, a padronização e repetição de tarefas de modo uniforme é a melhor maneira de gerar estagnação, ao passo que conceitos pré-estabelecidos raramente serão dessa maneira transpostos, o que pode colocar a empresa em risco. É preciso associar a inovação à fase de execução, ainda que as duas estejam tradicionalmente muito distantes sob o aspecto temporal ou espacial.
Uma das formas de promover isso – e a mais comum – é agregando a busca pela inovação às tarefas já estabelecidas para os colaboradores no cotidiano das empresas. Isso significa que a empresa está alocando os mesmos recursos para mais tarefas.
Logo, há menos tempo disponível tanto para a produção quanto para a inovação. Assim, conflitos surgirão, e deles a capacidade de intermediação. Por exemplo, talvez seja necessário reforçar a equipe de atendimento ao cliente antes de lançar novo produto. Com mais pessoas dedicadas e talvez tendo sido a demanda superestimada, indicadores de produtividade das pessoas podem sofrer abalos.
A especialista em criatividade e inovação Maria Inês Felippe afirma em artigo – “A valorização da criatividade e inovação aplicada ao negócio” que “a área de Recursos Humanos, junto com os gestores, tem uma grande parcela de responsabilidade que é gerenciar e desenvolver a criatividade como fator de competência, tendo clara a situação atual da organização, identificar necessidades futuras, estabelecer planos de ação e corrigir os gaps”.
É assim que, para a palestrante e consultora, surge a necessidade de alterar padrões de valorização social e cultural, bem como das condições de vida. “Somente dessa forma conseguiremos integrar as expectativas dos empresários com as dos funcionários”, acredita.
Nesse sentido, Maria Inês afirma que “devemos entender a competência criativa como capacidade de agregar valor ao negócio, através do patrimônio pessoal, estimulando tanto o desenvolvimento pessoal, quanto o grupal e empresarial”.
Esse processo inovador, contudo, deverá contar com um líder, para que esteja devidamente associado aos interesses executivos da empresa. Dentre as funções desse profissional, está identificar os caminhos percorridos pela inovação. Ou seja, se está de acordo com as diretrizes da empresa, gerar respostas que possam otimizar as tarefas por ela desempenhadas.

Fonte: HSM

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