segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mobilidade é palavra de ordem em TI

A necessidade que as empresas têm de controlar os processos em qualquer parte do mundo foi discutida em BH.

Os Chief Information Officers (CIOs) de importantes empresas mineiras se reuniram na última quinta-feira, em Belo Horizonte, para mais uma edição do CIO Connection, evento promovido pela Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais (Sucesu-MG) que tem como objetivo discutir sobre o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).


Neste encontro, o tema principal foi mobilidade. Para falar sobre o assunto, Gilberto de Paula Souza, graduado em Tecnologia Eletrônica e especialista em Engenharia do Conhecimento e Sistemas Especialistas pelo Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT), em Boston, nos Estados Unidos. Souza é diretor de Mercados Verticais para Mobilidade Corporativa para o Brasil e Cone Sul da América Latina da Motorola.

Segundo o especialista, a mobilidade corporativa é a quinta onda da informática. "Tivemos a primeira onda da computação, nos anos de 1950; seguida do remodelamento dos hardwares; popularização dos computadores pessoais (PCs) e do advento da internet, já na década de 1980, a mobilidade chega como o novo conceito capaz de revolucionar as relações comerciais entre empresas e governos e atingir a população comum, alterando os mais simples hábitos cotidianos."

Para atender aos anseios das mais importantes corporações do mundo, as empresas de solução em comunicação de dados, como a Motorola, investem cada vez mais na chamada arquitetura da mobilidade. Os programas têm que apresentar capacidade de captura, conexão, comunicação e controle cada vez mais rápidos e seguros. "A informação tem que ser ‘encontrável’ de qualquer lugar. Hoje, é impensável ficar preso a cabos e redes físicas. O acesso tem que ser seguro e imediato. As empresas precisam controlar os processos em suas unidades espalhadas pelo mundo, por isso a mobilidade aparece com a maior preocupação dos executivos em pesquisa feita pelo Instituto Gartner", explica Souza.


Armazenagem - Embora o problema da capacidade ainda não tenha sido totalmente resolvido, já que os aparelhos muito pequenos não comportam a mesma quantidade de dados, o diretor da Motorola avalia que isso, em breve, deixará de ser um complicador. O cloud computing (computação em nuvem) é apontado como uma solução eficiente. "Para as empresas em que a informação não é um produto, o cloud é uma solução excelente porque você tira o pesado do trabalho da empresa, transformando toda a execução em um custo operacional. O risco fica com a empresa prestadora do serviço e o cliente protegido por um contrato de responsabilidade", avalia.

Para o executivo, a palavra de ordem agora é atendimento. A mobilidade se presta à otimização dos processos, facilidades e rapidez para o cliente. Junto com a sustentabilidade o conceito vai reger, cada vez mais, as relações comerciais, seja entre corporações ou entre empresas e consumidor final. " impossível competir fazendo pedidos em papel com o prazo de um dia para que ele chegue à empresa, enquanto outros fazem isso em tempo real por uma conexão via satélite", exemplifica.

A sustentabilidade é outro pilar do desenvolvimento tecnológico. A utilização de substâncias menos nocivas, o incentivo à redução do consumo de papel e o uso consciente da energia elétrica são algumas das ações que já fazem parte da rotina da indústria. "Os custos já não são um problema. As grandes cidades brasileiras já são bem atendidas pelo serviço de banda larga e as empresas acompanham o ritmo tecnológico mundial. O que falta agora é investir na cultura da sustentabilidade e, a partir dela, fortalecer nossa cidadania. O brasileiro já atingiu o patamar de consumidor, agora precisamos ser cidadãos", completa.

Para a superintendente de Tecnologia da Informação (TI) da Unimed-BH, Simone Valéria Borges Bolina, o evento é uma oportunidade de atualização tecnológica. "O tema de hoje não poderia ser mais pertinente. A tecnologia em si não garante o bom atendimento e conhecer as soluções e ser capaz de entender qual a melhor para o seu negócio é fundamental. Em maio, a Unimed-BH vai lançar o seu guia em solução móvel. Isso será um grande serviço principalmente nas situações de emergência", adianta a superintendente.

Avaliação parecida fez o gerente de produção e entrega em Minas Gerais da Embratel, Eustáquio Rocha. "A informalidade do evento acaba facilitando o contato entre os CIOs. Aqui existe uma troca de informações franca que, muitas vezes, se transforma em oportunidades de parcerias e negócios. Os mineiros têm a característica de não se manifestarem muito durante uma palestra, mas as conversas depois rendem muito", diz Rocha.

Já para o IT Manager (gerente de TI) da AngloGold Ashanti, Pedro Augusto de Oliveira, a reunião é uma oportunidade não apenas para conhecer novas tecnologias, mas também de fazer uma leitura crítica sobre a utilidade e sustentabilidade dessas soluções. "O papel do CIO é ter uma visão estratégica capaz de compreender a demanda e encontrar uma solução eficiente e que não seja descartável. Aqui, compartilhamos conhecimentos em busca de sustentabilidade para os negócios e para a vida. A TI, durante muito tempo, não se preocupou com isso e essa é uma grande mudança para todos.  uma nova cultura que chega e que precisamos cultivar", argumenta Oliveira.

Para a vice-presidente da Sucesu-MG, Fernanda Pimenta, o evento cumpriu seu objetivo. "As conversas depois da palestra são o melhor termômetro. Cada um vive uma realidade muito específica e essa troca de experiências revela o desejo de investimento e novas oportunidades de negócios para todos", comemora.

Fonte: Diário do Comércio

sexta-feira, 27 de abril de 2012

PMEs podem alavancar mercado de cloud computing no Brasil


Mercado hoje não tem acesso à tecnologia das grandes corporações de TI, o que pode mudar com os serviços em nuvem
Pessoas com computadores e blocos de anotação

Banda é um fator crítico para o desenvolvimento do mercado de cloud computing no Brasil
O mercado de cloud computing poderá posicionar o Brasil entre as cinco maiores potência do mundo em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), desde que a regulamentação não crie amarras para esse desenvolvimento.
A afirmação é do diretor de convergência digital e infraestrutura da Brascom, Nelson Wortsman, que participou de audiência pública na Câmara dos Deputados. "Nosso apelo é que essa Casa não pense apenas no Brasil na hora de regular e sim no mundo. A regulação tem que ser amigável," disse ele.
O grande filão que poderá levar o Brasil a esse patamar é o das micro e pequenas empresas. Segundo o executivo, esse mercado hoje não tem acesso à tecnologia das grandes corporações de TI, o que pode mudar com os serviços em nuvem.
Wortsman disse que Argentina e Chile estão com a legislação mais adiantada que o Brasil enquanto que a Europa já pensa em atualizar o seu marco regulatório, que é de 1996. No caso dos EUA, foi adotada com sucesso o chamado "Cloud First", programa federal que economizou cerca de 30% nos custos dos sistemas do governo.
O diretor-presidente da Abranet, Eduardo Neger, concorda que o mercado de pequenas e médias empresas seja o grande filão da computação em nuvem, já que normalmente não possui uma departamento de TI para cuidar dessa área.
Mas será que o Brasil está preparado para alavancar esse mercado? Segundo dados do NIC.br, 35% dos registros ".br" estão hospedados fora do Brasil. Para o diretor de projetos da entidade, Milton Kaoru, esse número mostra que o chamado "custo Brasil" ainda afugenta parte dos investidores no País. 
"Isso tem uma razão de ser. O custo lá fora está melhor que aqui", afirma ele. Kaoru ainda acrescenta que o custo da banda Internet também é "relativamente" alto no País, o que pode ajudar a explicar o motivo de boa parte dos sites brasileiros estarem hospedados no exterior.
Alías, banda é um fator crítico para o desenvolvimento do mercado de cloud computing no Brasil tanto pela baixa velocidade das conexões brasileiras quanto pela concentração geográfica dos acessos ditos de alta velocidade.


“Se não houver garantia de acesso de banda larga, não adianta ter um processamento de alta capacidade. Hoje, grande parte dos datacenters estão se alocando em São Paulo e precisamos de uma distribuição maior para que isso seja acessado de forma adequada em outros pontos do País", afirma o diretor comercial da Telebras, Rogério Boros.

Ele concorda que o Brasil tenha potencial para ser um dos centros de cloud computing do mundo, se o País conseguir explorar o potencial do que será desenvolvido de conteúdo em português. Isso gerará tráfego e, consequentemente, mais rotas de interconexão com o Brasil (a exemplo da parceria da Telebras com a Angola Cable para cabos submarinos), o que gera potencial econômico não só em TI, mas também em telecomunicações.
A audiência foi convocada pelo deputado Ruy Carneiro (PSDB/PB) justamente para debater algumas das implicações desse tema para o País, como a extraterritorialidade de armazenamento e a portabilidade de dados, promoção da interoperabilidade e da neutralidade tecnológica da rede e a necessidade de estruturar ações coordenadas entre países para o desenvolvimento de diretrizes comuns. Outros temas relacionados ao assunto devem ser tratados no Marco Civil da Internet, como a questão da privacidade e da neutralidade de rede.
Fonte: Revista Exame

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Brasil precisa inovar para continuar crescendo

Para Glauco Arbix, presidente da Financiadora de Estudos e Projetos, economia brasileira ainda é hostil à cultura da inovação


Se o Brasil quiser continuar crescendo entre 4% e 5% ao ano, com políticas de inclusão social, terá grandes desafios como construir uma economia que incentive a inovação e que seja capaz de estimular os pequenos negócios e  desenvolver competências tecnológicas e científicas de valor agregado. A avaliação é do presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, que participou do Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios, promovido pelo Sebrae, em São Paulo, nesta quinta-feira (19).

“A economia brasileira ainda é hostil à cultura da inovação. O Brasil tem grandes déficits nessa área. Em algumas setores, estamos perto da fronteira do conhecimento, mas, infelizmente, são poucos”, disse Arbix.

O presidente da Finep afirmou que a inovação e a tecnologia tradicionalmente foram consideradas como subprodutos do crescimento econômico e não como pré-requisitos para o desenvolvimento. “Isso está na raiz da falta de inovação da maioria das empresas do Brasil. É o calcanhar de Aquiles da nossa economia e principalmente das pequenas empresas”.

Também preocupado  com as políticas de inovação, o empresário Jorge Gerdau ressaltou que a pressão da concorrência de empresas globalizadas sobre os empreendimentos nacionais requer um esforço coletivo, uma parceria entre as universidades, governo e setor privado. “Não tem cabimento que a academia e o empresariado ainda não saibam trabalhar juntos. É fundamental criar condições para a construção conjunta de projetos de desenvolvimento de patentes voltados para a demanda de mercado”, reforçou.

Segundo Gerdau, é preciso definir estratégias, como investir em educação fundamental básica, aperfeiçoar a logística e o sistema tributário. “Se tivermos uma educação básica de qualidade, teremos trabalhadores nas micro e pequenas empresas, que são a maioria no país, mais preparados para estruturar processos inovadores”.

O Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios acontece até sexta-feira (20), no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo.


Fonte: Agência Sebrae

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Direto da Fonte - Aneel cria crédito para incentivar microgeradores residenciais


A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou hoje (17/04) regras destinadas a reduzir barreiras para instalação de geração distribuída de pequeno porte, que incluem a microgeração, com até 100 KW de potência, e a minigeração, de 100 KW a 1 MW. A norma cria o Sistema de Compensação de Energia, que permite ao consumidor instalar pequenos geradores em sua unidade consumidora e trocar energia com a distribuidora local. A regra é válida para geradores que utilizem fontes incentivadas de energia (hídrica, solar, biomassa, eólicae cogeração qualificada).
Pelo sistema, a unidade geradora instalada em uma residência, por exemplo, produzirá energia e o que não for consumido será injetado no sistema da distribuidora, que utilizará o crédito para abater o consumo dos meses subsequentes. Os créditos poderão ser utilizados em um prazo de 36 meses e as informações estarão na fatura do consumidor, a fim de que ele saiba o saldo de energia e tenha o controle sobre a sua fatura.
Os órgãos públicos e as empresas com filiais que optarem por participar do sistema de compensação também poderão utilizar o excedente produzido em uma de suas instalações para reduzir a fatura de outra unidade.
Fonte: Revista Sustentabilidade

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A tendência do instantâneo

Quando mentes criativas encontram bons projetos, o resultado é sempre surpreendente. 
Sempre fico impressionada quando vejo produtos como esse.
Com a tecnologia avançando cada vez mais e com vários aplicativos a disposição, as pessoas querem receber informações de forma rápida e prática. Este fenômeno vem aumentando, principalmente com o uso de smartphone crescendo, e muita gente vêm notando isso e usando essa tendência a seu favor.
Porque estou falando disso? Explico. O designer e artista português Pedro Miguel Cruz teve uma idéia genial. Ele criou um guia de tendências de cores em tempo real. O Pimkie Color Forecast mostra simultaneamente as tendências de cores que predominam as cidades de Paris, Milão e Antuérpia.
Como funciona? Simples, espalharam câmeras pelas ruas dessas cidades para acompanhar as cores mais usadas pelos pedestres. Depois um software identifica e analisa as imagens, para que enfim possa agrupa-las e preve-las.
Confiram o vídeo explicativo do site e entendam melhor essa idéia que deixa claro a necessidade das pessoas em receber informações instantâneas.
Idéias inovadoras que acompanham as mudanças do mundo, muito bom!

'Lei do Bem' Patina, Mas Indústria Têxtil Lucra Com Inovação


Jonathan C. Yung: “Nossa empresa sempre inovou, mas resolvemos estabelecer um programa de pesquisa”
Integrante da terceira geração da família na administração da Universal Indústrias Gerais, empresa têxtil instalada no interior de São Paulo na década de 50, Jonathan C. Yung, chega a fazer eco ao restante dos representantes de um dos setores mais afetados com a concorrência dos importados. Ele afirma que a "maré é baixa" e que viu "clientes morrendo". Mas, em tom mais otimista que a média do setor, vê para 2012 perspectiva de diversificação de clientela e de manter operação suficiente para fechar o ano com o mesmo quadro de 500 funcionários. "Nós dormimos muito mais tranquilos agora do que antes."
Sim, Yung diz que a Universal se preocupa com a concorrência de produtos vindos da Tailândia, do Vietnã e também da China, país do qual o bisavô e avô trouxeram o conhecimento da fiação. O que está fazendo a diferença hoje para a Universal, diz Yung, foi a estratégia adotada há cerca de cinco anos, quando a empresa resolveu investir em inovação de forma planejada e organizada. Hoje, diz, cerca de 15% a 20% do faturamento da empresa resulta de produtos originados de projetos de inovação.
Para Yung, a Lei do Bem foi muito importante para esse processo. Essa lei permite que a empresa deduza do cálculo do Imposto de Renda (IR) despesas em pesquisa e desenvolvimento. A Universal usa a Lei do Bem desde 2008. Naquele ano 460 empresas se beneficiaram do incentivo fiscal. Os últimos dados disponíveis, de 2010, mostram que a quantidade de empresas que usam o benefício aumentou para 639. Isso não significa, porém, que a renúncia fiscal ou o dispêndio com pesquisa, desenvolvimento e inovação das empresas que usaram o benefício subiu na mesma proporção. A renúncia cresceu de R$ 1,58 bilhão para R$ 1,73 bilhão. O valor dos projetos relacionados aos incentivos ficou praticamente estável: foram R$ 8,79 bilhões em 2008 e R$ 8,62 bilhões em 2010.
Outros dados do governo federal vão no mesmo sentido, mesmo a prazo mais longo. Somando o setor público e o privado, os dispêndios com ciência e tecnologia evoluíram, mas de forma tímida: de 1,3% do PIB em 2000 para 1,62% em 2010. Parte da evolução é creditada por empresas e representantes de indústrias à Lei do Bem, instituída em 2006, quando a fatia desses investimentos no PIB era de 1,29%.
Naércio Menezes Filho, coordenador do centro de políticas públicas do Insper, diz que muitos instrumentos de financiamento e de incentivos fiscais ainda são inacessíveis às empresas menores (ver texto ao lado). "O resultado é a grande concentração de projetos de inovação em setores em que há natural agregação de tecnologia." Em 2010, das 639 empresas que usaram a Lei do Bem, 147 eram do setor de mecânica e transportes. Do setor têxtil foram apenas nove.
A inovação, acredita o consultor Valter Pieracciani, não esteve antes entre as prioridades de estímulo do governo federal. A renúncia fiscal do governo federal para a área, avalia, de R$ 1,7 bilhão, é muito pequena. O problema não está só do lado do estímulo. "Também falta às empresas colocar a inovação no centro da estratégia dos negócios", diz Pieracciani.
Pesquisa do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) com 40 grandes empresas mostra que todas consideram relevante a tecnologia. No horizonte de dez anos, o entendimento fica mais explícito: 80% das empresas entrevistadas consideram que a tecnologia será decisiva para sua estratégia de mercado futura e 20% a consideram relevante. São poucas, porém, que declaram possuir clara cultura de inovação. "As empresas reconhecem que a importância da inovação está mais restrita aos dirigentes. A difusão da cultura é muito pequena no conjunto da empresa e entre fornecedores", diz Júlio Gomes de Almeida, consultor do Iedi.
Mário Fioretti, gerente-geral da Whirlpool: o produto inovador precisa ter uma taxa de rentabilidade mínima

A Universal está entre as nove empresas têxteis que usaram a Lei do Bem em 2010. "A empresa sempre inovou, mas resolvemos estabelecer um programa de pesquisa e desenvolvimento, contratamos um consultor para a área, colocamos os projetos no papel", diz Yung. Foi a organização e formalização, conta, que permitiu o uso de incentivos fiscais. Inovação, acrescenta, custa investimento e tempo. Cada produto demora de seis meses a um ano, desde o início das pesquisas, até estar pronto para chegar ao consumidor final.
Fabricante tradicional de fios para camisas, meias, cuecas e calças de sarja, a Universal continua a ser uma fiação, mas por meio da inovação conseguiu variar a aplicação de seus fios. "Começamos desenvolvendo um fio de bambu, que compõe um tecido que respira muito bem e é aplicável para roupas íntimas", conta Yung. Em seguida, a empresa desenvolveu fios com partículas de prata, que tem ação bactericida, destinado a meias e roupas para ambientes hospitalares. Há cerca de dois anos, conta, a empresa também passou a ter produtos com apelo ecológico, o que também contribuiu para diversificar mais a clientela. Yung conta que passou a reutilizar fibras e resíduos da lavagem do algodão para a produção de fios usados para cortinas, carpetes e estofamentos. "Começamos a atuar em decoração."
Para Gomes de Almeida, do Iedi, as empresas precisam lidar com a inovação como arma e não somente como escudo. "Claro que serve como escudo, mas para se defender existem os mecanismos de proteção. Inovação é para quem quer ganhar market share e novos mercados", diz. Cesar Pissetti, diretor de tecnologia e exportação da Randon Implementos, diz que a inovação é praticamente imprescindível com o surgimento de novos concorrentes. Somente no Brasil, diz, a divisão de implementos da Randon tinha em 2007 um total de 67 concorrentes. No ano passado, já eram 152 empresas.
Em 2011, diz Pissetti, a empresa investiu com recursos próprios em inovação, pesquisa e desenvolvimento o equivalente a 1,2% da receita líquida do ano. A tendência, diz o diretor, é que esse investimento torne-se cada vez mais importante em razão da necessidade de renovar com maior frequência o portfólio. Em 2011, 54% da receita da companhia veio de produtos lançados nos últimos cinco anos.
Na Romi, fabricante de máquinas, cerca de 40% da receita vem de produtos desenvolvidos nos últimos três anos. Hermes Lago, diretor de máquinas e ferramentas, diz que o processo de inovação permitiu que a empresa mantivesse nos últimos anos o patamar histórico de exportação, em torno de 15% da receita, mesmo com a valorização do real em relação ao dólar. Com o aumento da concorrência, porém, os critérios adotados pelas empresas para definir um produto como inovador tendem a se tornar cada vez mais sofisticados e exigentes.
Em 2012, a Whirlpool, fabricante das marcas Brastemp e Consul, por exemplo, começou a aplicar uma mudança de métrica que deve tornar mais rígida a classificação de um produto como inovador. Mário Fioretti, gerente-geral de Design e Inovação da Whirlpool Latin America, explica que o mero ineditismo e a oferta de benefícios novos não torna um produto inovador. "Ele precisa ter uma taxa de rentabilidade mínima. O consumidor precisa estar disposto a pagar mais por ele" diz Fioretti. Ele explica que um dos critérios que ficaram mais rígidos neste ano foi justamente o da rentabilidade. "Vamos aumentar a exigência porque a inovação é fundamental para a competitividade."
O gerente conta que a fabricante de eletrodomésticos passou a ter um programa de inovação há 12 anos. "Nos primeiros anos fomos tateando e aprendendo com os erros. Com o tempo, passamos a ganhar prêmios", lembra. Há quatro ou cinco anos, em função da concorrência maior, a empresa passou a intensificar o investimento no desenvolvimento de novos produtos, com elevação de 15% a 20% ao ano nos recursos aplicados.
Em 2010, 25% da receita da Whirlpool Latin America veio de produtos classificados como inovadores segundo a métrica da empresa. A fatia é oito vezes maior do que a empresa tinha em 2007. Em 2011, houve avanço para 27,5%. O gerente explica que a fatia se refere a produtos desenvolvidos no Brasil ou em parceria com o exterior, mas liderados pelo grupo brasileiro. "Nós estudamos os hábitos que são só da mulher brasileira", diz Fioretti. Entres os produtos desenvolvidos pela empresa, estão uma lavadora de roupas com cestinho para peças íntimas e um fogão com forno que emite jatos de vapor, o que reduz em 20% o tempo de cozimento e deixa o assado com carne tenra e úmida.
Fonte: Valor
Saiba mais sobre a Lei do Bem



terça-feira, 17 de abril de 2012

Governo de Minas e Intel lançam programa de inclusão tecnológica para jovens

A gigante de tecnologia — presente em mais de 100 países — se junta à Rede de CVTs e Telecentros do Estado para desenvolver a capacitação tecnológica de 20 mil jovens de 15 a 21 anos 
O Governo de Minas Gerais e a Intel Brasil lançaram nesta terça-feira, dia de abril, um programa para qualificação profissional e capacitação tecnológica de 20 mil jovens de 15 a 21 anos, na rede de Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs) e Telecentros do Estado.  O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), Narcio Rodrigues, e o diretor de Assuntos Corporativos para América Latina, Nuno Simões, assinaram o acordo de cooperação técnica que define a execução do Programa Intel Aprender na rede, estruturada em mais de 360 municípios mineiros. Além do secretário Narcio Rodrigues e do Nuno Simões, estiveram presentes Gerente de Educação da Intel, Rubem Saldanha, e Superintendente de Inovação Social, Lélia Inês Teixeira.
“Minas está muito feliz por abraçar este programa. A Intel chega num momento muito importante, de reestruturação do conceito da rede. Até 2014, chegaremos a 100 CVTs em funcionamento e vamos e duplicar as salas de videoconferência para a capacitação a distância, fortalecendo a rede como uma ferramenta efetiva de democratização do conhecimento. É um desafio assumido pelo Governo”, afirmou o secretário Narcio Rodrigues. Ele ressaltou que a iniciativa vai ajudar jovens em comunidades com pouco ou nenhum acesso à tecnologia a desenvolverem as habilidades necessárias para o sucesso no mercado de trabalho, por meio de cursos que ampliem seus pensamentos críticos, cooperação e domínio de ferramentas de informática.

Os módulos do Intel Aprender foram otimizados para o ensino a distância (EAD). Diferenciadas, as aulas abordam conteúdos que permitem aos alunos aplicar seus aprendizados na comunidade onde vivem e nos projetos desenvolvidos. Pelo acordo, a Intel irá capacitar 90 multiplicadores ligados aos CVTs do Estado. A meta do projeto é qualificar mais de 20 mil jovens de 15 a 21 anos. “É muito importante capacitarmos esses jovens para torná-los cidadãos preparados para o sucesso em suas vidas pessoais e profissionais” disse Nuno Simões, diretor de Assuntos Corporativos para América Latina.  Ele explicou que é uma iniciativa de cunho social, sem fins lucrativos, cujo principal objetivo é utilizar a excelente estrutura dos CVTs para propagar cursos de qualidade aos jovens, que terão papel fundamental em ajudar suas comunidades a entrar definitivamente no mundo digital e na economia global.

Centros Vocacionais Tecnológicos

Os CVTs são centros de excelência voltados para a capacitação tecnológica e profissional, que visam o aumento do conhecimento, de acordo com a vocação econômica da região. Os centros são equipados com a plataforma de ensino à distância Moodle. O Estado ocupa a primeira posição nacional e a quarta posição mundial no ranking de instituições que utilizam a plataforma. Cada CVT conta com duas Salas de Inclusão Digital equipadas com 20 computadores conectados à internet, servidor, impressora, softwares e móveis ergonômicos; Sala de Videoconferência montada com projetor de multimídia, câmera, microfones, módulo para entrada de dados e conexão de notebooks, aparelhos de conexão e codificação de vídeo, possibilitando a realização de seminários, palestras e cursos a distância;  Núcleo de Apoio ao Empreendedor - NAE; e Laboratório Vocacional destinado ao desenvolvimento e aprimoramento das vocações econômicas locais e regionais. Os Telecentros são laboratórios de informática equipados com 5 a 10 computadores conectados à internet, um servidor, impressora, softwares atualizados e móveis ergonômicos para a realização de cursos de inclusão digital.

Desde o começo da implantação da Rede CVT em 2004, mais de 700 mil pessoas se formaram pelos cursos de ensino a distância (EAD). Somente em 2011, mais de 215 mil pessoas receberam certificados, maior número anual desde o início do projeto. Um dos fatores que favoreceu esse índice foi o lançamento de mais 27 cursos EAD pela Sectes em parceria com o Instituto Projeto Vida e Esperança (PROVE). As capacitações abrangem as áreas de Agricultura e Pecuária; Cidadania; Empreendedorismo; Informática; Meio Ambiente; e Primeiro Emprego. Dessa maneira, as salas de inclusão digital totalizam 45 cursos a distância, com controle de presença e expedição de certificados realizados pela plataforma Moodle, que é um sistema de gestão de aprendizagem a distância que permite a criação, utilização e gestão de cursos online e é utilizado pela Sectes para ser disponibilizado gratuitamente nos CVTs e Telecentros do Estado.

Fonte: Sectes

segunda-feira, 16 de abril de 2012

As lições de empreendedorismo de Stanford


Para estimular o espírito empreendedor dos jovens brasileiros, não basta o ensino puro e simples do tema em escolas e universidades. Segundo Tina Seelig, diretora-executiva de um dos mais conceituados centros de empreendedorismo do mundo, o Stanford Technology Ventures Program, os negócios inovadores só surgem em um ambiente que ofereça leis favoráveis, fontes de financiamento e, principalmente, exemplos de sucesso a serem seguidos. "No caso de Stanford, estamos muito bem servidos", diz Tina.
E estão mesmo. Do campus da Universidade de Stanford em Palo Alto, no coração do Vale do Silício, na Califórnia, saíram os criadores de algumas das empresas mais valiosas do mundo hoje, como Yahoo! e Google. A diretora-executiva está no Brasil para participar do Roundtable on Entrepreneurship Education, encontro internacional de empreendedorismo que acontece no Rio de Janeiro. Nessa entrevista ao Estado, ela falou sobre a receita de empreendedorismo bem-sucedido da Universidade de Stanford e a sua percepção sobre os empreendedores brasileiros.
O programa de empreendedorismo da Universidade de Stanford é um dos mais conceituados no mundo. O que levou a esse sucesso?
Somos sortudos de estar no Vale do Silício. Aqui há uma rica força de empreendedores, além de todo o universo de empreendedorismo ao redor deles, com laboratórios e empresas maravilhosas. Mas, além disso, procuramos olhar não apenas para o que está acontecendo aqui. Estamos constantemente colaborando e trabalhando com uma comunidade de educadores na América Latina, Europa e Ásia, com quem aprendemos o tempo todo.
Google e Yahoo, algumas das mais brilhantes empresas de inovação, surgiram em Stanford. O que Brasil precisar fazer para produzir histórias semelhantes?
É muito importante ter um exemplo a ser seguido. Creio que a existência de casos bem-sucedidos no nosso ambiente estimula os jovens empreendedores, que acabam usando essas experiências como referência. Isso também tem que existir no Brasil.
O que podemos aprender com a experiência de Stanford no ensino do empreendedorismo? É realmente possível ensinar e aprender esse conceito?
Sim. Em anos de experiência, aprendi que o mais importante no ensino do empreendedorismo é dar ao estudante a oportunidade de fazer ele mesmo. Em Stanford, fazemos isso desafiando o aluno em tarefas onde é necessário correr riscos, em atividades que nunca precisou fazer antes. Além disso, estimulamos que ele assuma posições de liderança dentro da universidade. Essa vivência prática permite que, quando saiam do ambiente universitário, sejam empreendedores de verdade - e não apenas tenha falado em como ser um bom empreendedor.
Qual o peso da questão cultural no empreendedorismo?
Em qualquer país, um dos maiores entraves ao empreendedorismo é a resistência a assumir riscos. Quando se começa um novo negócio, é provável a chance dele não ir pra frente. Por isso, mais que cultura, creio que o que se precisa para termos mais empreendedores é um ambiente com menos riscos e que dê suporte a eles, mesmo que fracassem.
Na opinião da sra., o brasileiro é um povo empreendedor?
Sem dúvida. Parece haver um forte espírito empreendedor em seu país. Os brasileiros são entusiasmados e têm uma paixão vibrante. Porém, mais que isso, existe um desafio que é o entorno desse empreendedor. É preciso achar o caminho para fazê-lo ter êxito nesse desejo. E isso tem a ver com financiamento, com ambiente social e com leis que permitam aos novos empresários levarem seu negócio para frente.
De que forma o ambiente econômico influencia o empreendedorismo em um país?
De um bilhão de formas diferentes. O modelo que fez o sucesso do Vale do Silício, por exemplo, é algo complexo. Ele é formado por vários organismos que precisam se mover juntos, de forma a criar um ambiente saudável e dar suporte às atividades dos empreendedores. Por isso, além, obviamente, da existência de empreendedores, é preciso existir também os donos do capital de risco, os advogados, os conselheiros, os bancos, os profissionais qualificados.
No Brasil, o empreendedorismo ainda é pouco ensinando aos jovens. Ter contato com esse assunto desde cedo, nas escolas, influencia a chance de sucesso de o empreendedor ter sucesso em seu negócio?
Não se aprende empreendedorismo somente na sala de aula, mas também com o que se lê nos jornais e TVs e se conhece na sua comunidade. Se há um modelo a ser seguido na minha comunidade, que mostre que é possível ter meu próprio negócio, esse modelo vale mais que qualquer disciplina escolar. Na região do Vale do Silício, ser empreendedor é algo muito aceitável. Faz parte do DNA daquele ambiente.
Quais os maiores obstáculos para um melhor desenvolvimento do empreendedorismo no Brasil?
A maior dificuldade está no estado de espírito das pessoas, que ainda temem assumir riscos frente à possibilidade de não suceder. Assumir risco é tudo que o empreendedor faz. E você precisa ter uma cultura que dê suporte a isso.
 Fonte: O Estado de São Paulo

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O que move a inovação?

Diariamente, você fica sabendo de histórias de profissionais e empresas que depois que passaram a ter a inovação como foco, conseguiram o sucesso em suas áreas de atuação e tem acesso a dicas preciosas para descobrir o que é preciso fazer para seguir esse mesmo caminho. Porém, talvez você nunca tenha conhecido a resposta para uma pergunta fundamental para que esse trabalho funcione, que é: “o que move a inovação”?
Conceituando
Apesar de o conceito de inovação ser bastante difundido (e observado nas práticas empresariais), existem alguns aspectos que fazem parte dessa análise de “o que move a inovação” que precisam ser ressaltados.
Em recente entrevista à revista Inovação em Pauta, editada pela Finep, Marcelo Zuffo, engenheiro eletrônico, professor da Escola Politécnica da USP e coordenador científico do Citi (Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas), explicou que em países de economia plena com taxas de juros baixas o motor do ciclo da inovação é a economia, e a indústria criativa é o motor da economia moderna.
Porém, segundo ele, não é assim que acontece no Brasil. “O brasileiro ainda prefere aplicar nos bancos do que ousar”, analisa. Infelizmente, isso se reflete também na postura do profissional que deseja inovar. E é aí que entram os motivadores da inovação no campo atitudinal.
Os impulsionadores
Paixão pelo que se faz. Esse é o primeiro fator crucial para quem deseja inovar. Não basta ter dinheiro. É preciso gostar do que se faz. Grandes ideias surgem assim. E são essas ideias que se tornam inovação. Portanto, antes de decidir inovar, decida entrar na área pela qual você realmente é apaixonado.
E o economista Ladislau Dowbor tem um bom exemplo para ilustrar essa ideia. “O que move a inovação é o gosto por inovar. Pasteur não inventou a vacina por grana”, afirmou em entrevista à mesma publicação.
Outro ponto importante diz respeito à liderança. Ter alguém para auxiliar na condução do processo de inovação ajudar a facilitar o trabalho. Inovar sozinho é mais difícil. Com alguém ajudando fica mais fácil e muitas vezes até mais prazeroso.
Por último, um fator também essencial para a inovação é o conhecimento técnico e as habilidades de gestão. Afinal, de nada adianta a paixão, a boa ideia, a liderança sem conhecer a área em que se está investindo e sem saber como geri-la.
Fonte: HSM

Cidades da Copa devem ter telefonia 4G até dezembro do ano que vem

Leilão está previsto para a primeira semana de junho
As operadoras que vencerem o leilão da faixa de frequência de 2,5 giga-hertz (GHz), que será destinada à telefonia de quarta geração (4G), deverão oferecer o serviço a todas as cidades que serão sedes da Copa das Confederações até abril do ano que vem e para todas as sedes e subsedes da Copa do Mundo até dezembro de 2013. As regras para o leilão, que deve ser realizado no início de junho, foram aprovadas nesta quinta-feira (12) pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Todas as capitais do país e os municípios com mais de 500 mil habitantes terão a tecnologia 4G até dezembro de 2014. As cidades com mais de 200 mil habitantes serão contempladas em dezembro de 2015 e as com mais de 100 mil habitantes, até dezembro de 2016. Os municípios que tem entre 30 e 100 mil habitantes serão atendidos até dezembro de 2017.
A proposta do edital foi colocada em consulta pública em janeiro e recebeu 2011 contribuições. O relator propôs a divisão de uma das subfaixas que será licitada em dois blocos, o que, segundo ele, vai aumentar a competitividade da licitação.Nos pequenos municípios, as operadoras poderão utilizar a infraestrutura já existente para oferecer banda larga, mas ainda com a tecnologia de terceira geração (3G). “Estamos passando a mensagem de que investir vale a pena. Porque aqueles que já fizeram investimentos vão poder utilizar a sua infraestrutura”, disse o relator da proposta, conselheiro Marcelo Bechara.
As empresas que vencerem o leilão das faixas destinadas à telefonia 4G deverão usar pelo menos 60% dos equipamentos fabricados no país em suas redes entre 2012 e 2014. Nos dois anos seguintes, o percentual dos investimentos em aquisição de bens e produtos com tecnologia nacional passa para 65% e, entre 2017 e 2022, para 70%.
Na mesma licitação, também será oferecida a faixa de 450 mega-hertz (MHz), para a oferta de telefonia em áreas rurais. Até junho de 2014, as operadoras deverão atender a 30% da demanda, em dezembro a exigência passa para 60% e até dezembro de 2015, todas as áreas rurais devem ser atendidas. Além dos serviços de telefonia e internet para as residências, as operadoras também deverão oferecer internet nas escolas da área rural.
Pelas regras do edital, a Anatel vai leiloar primeiro as faixas para a zona rural e, se não houver interessados, elas serão atreladas ao leilão da faixa de 2,5 GHz. As operadoras que ganharem a licitação da telefonia de 4G deverão cumprir as metas para a telefonia rural.


Fonte: Gazeta do Povo

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Senai e Sesi investirão R$ 30 milhões em projetos


O Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) e o Sesi (Serviço Social da Indústria) lançaram a nona edição do Edital de Inovação, que aplicará R$ 30 milhões no apoio a projetos de inovação tecnológica e social das indústrias. As empresas têm até 25 de maio para se inscrever.
Do total de recursos do edital, R$ 20 milhões se destinam a projetos a serem desenvolvidos pelo Senai, R$ 7,5 milhões para os do Sesi e outros R$ 2,5 milhões serão usados em bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O limite de aporte de recursos por projeto é de R$ 300 mil, mas pode se elevar a R$ 400 mil caso a proposta tenha impacto simultaneamente tecnológico e social.
Com aportes dos departamentos regionais do Senai e do Sesi e de recursos próprios das empresas, estima-se que o edital de inovação possa gerar aplicações de até R$ 80 milhões em inovação, informa o coordenador do edital, Marcelo Gaspar.
O edital de inovação atenderá a projetos em todos os segmentos industriais, desde alimentos e bebidas, metalmecânica, plásticos e borracha, até química, petróleo e gás, construção civil, têxtil, vestuário. Podem concorrer à seleção propostas para produtos, processos e serviços. Os departamentos regionais do Senai e do Sesi colocarão à disposição a infraestrutura de laboratórios e seus técnicos para os testes que forem necessários.
O resultado do edital será divulgado em 14 de setembro. Os projetos, que devem ser desenvolvidos no prazo máximo de 20 meses, terão início em janeiro de 2013. A íntegra do edital pode ser consultada no endereçowww.editaldeinovacao.com.br .

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Inovação tecnológica tem incentivos fiscais


Empresas ainda desconhecem benefícios previstos na Lei do Bem

Muitas empresas não sabem, mas poderiam se beneficiar de incentivos fiscais que visam estimular a inovação tecnológica, usufruindo da Lei 11.196/2005, a chamada Lei do Bem. Segundo dados da Consultoria Ernst & Young Terco, apenas 14% das empresas que realizam atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica no país usam os benefícios previstos na lei. Em Minas Gerais, são apenas 53, sendo seis delas dos setores automotivo e de siderurgia.

"Muitas empresas conhecem a lei, mas têm dúvida se ela se aplica ao caso delas", explica o diretor de Impostos da Ernst & Young Terco, William Caligari, ressaltando que os benefícios definidos na lei são aplicáveis a todas as atividades econômicas - indústrias, bancos, serviços, etc - desde que a empresa seja optante pelo regime do lucro real. Uma das grandes vantagens dessa forma de incentivo fiscal é o fato de que ele é autoaplicável, ou seja, não depende de aprovação prévia por uma agência governamental.

A concessão do benefício está atrelada a algumas condicionantes. Por exemplo, é essencial que a empresa tenha lucro tributável, não podendo apresentar prejuízo fiscal ou base negativa na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Também só é permitido para dispêndios pagos a pessoas físicas ou jurídicas residentes e domiciliadas no Brasil, além de estar condicionada ao envio de relatório ao Ministério da Ciência e Tecnologia até o dia 31 de julho subseqüente de cada exercício fiscal.

Há incentivos fiscais que recaem sobre o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e sobre a CSLL. Nestes casos, poderá haver exclusão de ambos do valor equivalente a percentual de 60% dos dispêndios com pesquisa e desenvolvimento (P&D), classificáveis como despesas operacionais pela legislação do IRPJ.


Patente - A lei também prevê redução de 70% caso a PJ tenha incrementado em até 5% o número de pesquisadores no ano-calendário, ou de 80% caso o emprego seja superior a 5%.  possível também a exclusão complementar de 20% dos dispêndios ou pagamentos vinculados a pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação objeto de patente concedida ou cultivar registrado.

No caso das indústrias, a Lei do Bem possibilita a redução de 50% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, bem como os acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens, destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico.

Outros benefícios incluem depreciação ou amortização acelerada de 100% no ano de aquisição de equipamentos a serem utilizados exclusivamente na área de P&D, além da redução a zero do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) nas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro de marcas, patentes e cultivares. Para empresas de tecnologia da informação (TI) e de tecnologia da comunicação e informação (TCI) poderá haver exclusão de 60% a 80% dos dispêndios com pesquisa e desenvolvimento.

Fonte: Diário do Comércio